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Tropical, abençoado por deus e sensual por natureza: em fevereiro tem carnaval? Esperamos que sim.

  • Foto do escritor: Mostra Revista
    Mostra Revista
  • 19 de ago. de 2021
  • 3 min de leitura

Reportagem por: Thiago Strozak

Carnaval, Ano Novo, Festa Junina, aniversários e muitas outras comemorações nos foram tiradas devido ao isolamento social, necessário durante a pandemia do covid-19. Felizmente, com os avanços da ciência e da distribuição de vacinas, o mundo está voltando a respirar aliviado.


O Brasil tem previsões de vacinar toda sua população adulta, com a primeira dose, até o final do ano de 2021, e para muitos isso significa que nosso verão de 2022 está garantido. Calor, praia, festas, carnaval e sexo.


Em países que já flexibilizaram suas restrições quanto ao isolamento social, as vendas de preservativos apresentaram imenso crescimento. A empresa Durex, por exemplo, apresentou um aumento de dois dígitos em suas vendas no Reino Unido.


A analista de tendências Li Edelkoort previu a volta do sexy no período pós pandemia, e sua atenção parece estar voltada para o Brasil. Sabemos que não é de hoje que os brasileiros são conhecidos mundialmente por seu carisma, diversão e sensualidade.


Os meses de confinamento e de conexões somente através das telas indicam que, depois da pandemia, daremos mais valor às conexões físicas. Se antes a paquera online poderia nascer e morrer antes mesmo do encontro presencial, ou a timidez falava mais alto na hora H, num futuro bem próximo vamos valorizar cada oportunidade de contato físico. O número de pessoas, brasileiros, amigos, familiares perdidos durante a pandemia é outro fator que afetará nossa busca e forma de gozar dessas conexões. São mais de meio milhão de vidas ceifadas por pura negligência, negacionismo e apatia.


O sexy e o sexo estão cada vez mais ganhando espaço na moda. Marcas internacionais, novas e tradicionais reconhecem que o sexo voltou para ficar. Diesel, Gucci, Richard Quinn, Suit Supply e Dior têm explorado desde singelas demonstrações de sensualidade com lingeries à mostra, editoriais com cenas de orgias ou casais em momentos íntimos, até fashion films que exploram totalmente a cultura fetichista do BDSM e rubber.


Imagens: Coleções de Primavera Verão 2022 das grifes Richard Quinn, Dior, Gucci e Diesel, respectivamente. | Reprodução


Em 2016, Edelkoort avisou ao mundo para prestar atenção no potencial criativo do Brasil, também já falava em uma volta tímida do sexy através da arte. Essas previsões podem ser evidenciadas no crescimento de marcas autorais brasileiras como Ben Ateliê, A.ROLÊ, Another Place e Bold Strap, que trazem consigo esse ar sexy e brasileiro.


Imagens: Coleções 2021 das marcas A.ROLÊ e Another Place, respectivamente. | Reprodução. Direitos reservados às marcas.



Em uma mistura de sexy e divertido, com pitadas de uma caricatura artística, Le Benites expressa muito bem essas previsões. Em suas criações para o carnaval vemos uma sensualidade que vem de dentro, materializada em peças e adereços que se destacam na multidão. Mas para além do carnaval suas peças trazem uma organicidade prazerosa aos olhos que percorrem suas linhas.


Essa expressão sexual ainda pode incomodar muitos. Apesar da fama de livre e até mesmo promíscuo, o Brasil possui diversas lideranças religiosas fixadas em conceitos conservadores que cerceiam os corpos.


O sexo está para além da simples promiscuidade e desejo carnal. É um ato de troca, de compartilhamento, de liberdade, que não deve ser temido. Ao desvincular o sexo de obrigações socioculturais podemos encontrar nele um ponto de conexão maior.


Ele será o ato que poderá nos levar à criação de novas conexões de formas mais relevantes. Menos digitais e mais físicas. A casualidade do sexo não é isenta da criação de vínculos que podem construir outras formas de relação. Conforme o êxtase for amenizando, vamos formando vínculos mais sólidos e significativos.


 
 
 

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